segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As Ondas do Tempo


Agora que eu percebi quanto tempo fiquei sem escrever nesse blog! Meses, 2 apartamentos e um monte de acontecimentos depois sinto de novo que não posso deixar de falar sobre algumas coisas que surgiram ultimamente... Sendo assim, há esperança no fim do túnel, em breve mais textos (espero que leitores esporádicos também) chegarão a esse sítio.


Aproveito esse tópico para falar rapidamente sobre como é fácil deixar algumas coisas de lado ao nos preocuparmos com as urgências mais próximas... e assim esquercermos por muito tempo de projetos que gostaríamos de concluir, idéias que poderiam dar grandes resultados....

Apesar de termos tantos recursos que facilitam nossa vida e nos dão agilidade, em por exemplo nos comunicarmos prontamente com alguém distante, sentimos que o tempo é tão curto às vezes... Como será que as pessoas viviam 50, 70 anos atrás? Tempo em que não havia a facilidade de deslocamento entre uma cidade distante 330km de outra em apenas 4h, tampouco a possibilidade de acessar o conhecimento mais recente sobre uma molécula responsável pela adesão de um vírus na parede da garganta, publicado em um periódico por um grupo de pesquisa localizado meio globo de distância...


Eis o paradoxo das ondas do tempo, pulsos que se sobrepõe e às vezes nos deixam atordoados com tantas coisas a fazer... Afinal, nós é que deveríamos controlar o nosso tempo e não o contrário...?!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Músicas e Seus Significados - Parte 1 - "Brasília"





Músicas e Seus Significados - Introdução


Nossa, quanto tempo sem escrever! Acredite, as idéias têm surgido a cada instante, mas parar para organizá-las e acessar o blog tem sido tarefa quase impossível nos últimos dias... Mas vamos ao que interessa.
Comecei a ouvir bastante nas últimas semanas ao CD Acústico MTV do Paralamas do Sucesso. Eu sempre gostei relativamente da banda, mas ultimamente prestei bastante atenção nas letras e enxerguei uma quantidade enorme de significações que eu acho interessante colocar para você, ó intrépido leitor. Peço que não repare tanto na "viagem" dos próximos posts dessa série (entenda, é o resultado de muitas horas em um ônibus indo de S.Paulo à Ribeirão Preto e vice-versa somente com um Mp3 Player e insône).

domingo, 9 de março de 2008

“Caçando Pipas”


Para variar, depois de ver um filme denso e com certa carga dramática, uma vontade imensa de escrever surge. Isso aconteceu justamente após assistir ao “Caçador de Pipas”. Eu fico pensando principalmente no que realmente importa ou deveria importar em nossas vidas. Essencialmente, uma vida pautada em valores (os quais não precisam ser iguais para todos, mas a idéia de respeito e integridade não seriam opções ruins), contar com amigos, sendo leal e contando com a lealdade deles, fazer parte de uma família, mesmo que a mesma seja composta por não-parentes e uma ocupação/prazer/tarefas.

É impressionante como principalmente hoje a futilidade prevalece – e eu entendo essa opção, é o caminho mais fácil, até porque os principais problemas que temos hoje (nós universitários, que vivemos em uma pequena bolha de tranqüilidade relativa) não dizem respeito à questões básicas como de outras pessoas/populações. Me sinto de certo modo envergonhado por me irritar ou me preocupar com coisas fúteis sabendo que tanta coisa horrível ocorre e que tantas pessoas não contam nem com o básico do básico, como alimentos, água, moradia, resumindo, uma vida confortável.

Outra coisa realmente espantosa é a maldade. Parece muito infantil se impressionar com as atrocidades cometidas na história, inclusive atrocidades atuais e as menos perceptíveis, mas também atrozes. Só de imaginar que convivemos com pessoas que precisam de ajuda e vivem em condições de miséria plena, como mendigos e crianças abandonadas, e não fazemos diretamente nada para mudar a situação, já dá indícios de que algo está supostamente errado. Mas se tudo isso ocorre atualmente, mas também a anos, talvez seja um reflexo de nossa natureza dualística. Sim, nós somos cruéis, mesmo sem querer ou ter noção da crueldade, mas também somos capazes dos atos mais benevolentes e desinteressados a qualquer momento. Há pessoas boas e más, mas mais do que esse maniqueísmo, há uma mistura do chamado “bom” e “mal”. Realmente, é difícil e praticamente impossível para uma pessoa que vive em sociedade ser integralmente mal ou boa. Uma síntese de cargas dos dois elementos se faz necessária, mas mesmo assim, como é possível que alguém possa cometer tanta maldade contra alguém. Eu digo isso e fico tão impressionado, tendo como base as hipotéticas cenas de estupro de uma criança (Hassan na ficção) e a idéia de contrabando e exploração de crianças pelos Talibãs, em pleno Afeganistão no século XXI.

Enfim, é muita coisa para ser discutida ou pelo menos abordada. Acredito mais uma vez que as minhas reflexões sejam um sinal de amadurecimento. Mas é difícil escolher um caminho às vezes solitário e mais trabalhoso como esse. Sim, é muito mais fácil optar pelo “não ligo/não quero saber” e tocar uma vida superficial com preocupações mínima. Sei que minhas escolhas ultimamente têm valido a pena e tenho nos meus escritos um parâmetro de como tem sido essa evolução. Eu quero saber mais de nossa história como sociedade e ter uma idéia de que caminhos, ou destinos percorrerei. Mas a vida nos mostra que o acaso está atuando a cada segundo e que podemos contar somente com probabilidades. Portanto, deixo aqui uma ponta de minhas preocupações ou questionamentos, de modo a registrar a minha origem/formação como ser humano “pensante”.

É isso aí.

Até a próxima.

domingo, 2 de março de 2008

Primeira Postagem

Eis que em uma madrugada de um domingo a idéia de escrever algo durante minha jornada pela faculdade de medicina, torna-se realidade (ou pelo menos um protorealidade). Espero que além de ter um registro de tudo o que ocorreu/ocorrerá pela minha vida, possa compartilhar algumas de minhas experiências com outras pessoas. Afinal, tudo o que vivenciamos, de certo modo, apresenta padrões comuns à todos, contudo é o jeito de expressar e identificar esses aspectos que tornam o processo de autoconhecimento mais válido. Enfim, espero que caso alguém leia, aproveite os escritos, da mesma forma que eu estou aproveitando ao escrevê-los.

Cartas a um Jovem Médico: uma Escolha Pela Vida



Aproveitando o suposto período "produtivo" pelo qual eu estou passando hoje, aproveito para colocar uma indicação de leitura, um livro escrito por Adib Jatene - livro o qual ainda não li e portanto não posso expressar nenhuma opnião concreta, mas digo que estou ansioso por saber de seu conteúdo. Na mesma onda há vários livros do Dr. Dráuzio Varella, dos quais um eu posso dizer que li (uma parte por enquanto) e recomendo, mas deixarei a indicação para uma próxima postagem. No momento a dica é "Cartas a um Jovem Médico: uma Escolha Pela Vida".